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O Petição Inicial é para aqueles que precisam enfrentar o balcão do cartório, o processo, o juiz, o oficial de justiça, o cliente, os livros, a internet e as contas no fim do mês.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

ONDE COMEÇAR


Colou grau, passou no Exame da Ordem, prestou compromisso. Agora você é um advogado, decidido a abrir o próprio escritório e começar a trabalhar com fé e coragem para construir seu nome na profissão e seu futuro na vida. Aonde vai se instalar?

Muitos tendem a ficar na cidade onde residem. São pontos favoráveis o fato de já ter uma rede de amigos, conhecidos e parentes, que é de onde podem surgir as primeiras lides do causídico recém chegado ao campo profissional do mundo jurídico.

Mas existem alternativas. A primeira costuma ser a mudança para uma comarca de grande porte e movimento econômico. Obviamente, quanto maior o número de habitantes, maior número de empresas e maior volume de negócios gerados no local, independentemente da área de atuação do advogado, é maior o número de clientes potenciais. Isso significa oportunidade de crescimento futuro e, muito importante, sobrevivência presente.

É claro que em uma cidade grande o advogado terá que suportar um custo maior na manutenção de seu ainda não muito sólido escritório e uma cidade cheia de pessoas também pode já estar cheia de advogados e não revelar uma relação habitante x profissional muito estimulante. Uma medida simples é verificar antes o número de advogados atuantes na subseção.

Se sua cidade não é comarca, aí realmente pode ser interessante se mudar... Ou não. Vai depender do caso concreto. O primeiro reflexo de manter o escritório na sede da comarca é a redução de custos, economia de tempo e facilidade no acesso aos fóruns. Outro reflexo é o ponto em que já tocamos: a sede da comarca sempre é uma cidade maior, com mais pessoas, mais negócios, etc.

No entanto, não dá esquecer que as pessoas que não moram na sede também precisam de advogados. Sua presença num lugar que os demais profissionais tendem a evitar pode contar pontos a seu favor. Se você é o único advogado em uma cidade com uma população economicamente ativa de 12.000 pessoas, em princípio você teria até 6.000 potenciais clientes. Eu sei que isso não é tão real quanto parece: nem todas as 6.000 pessoas citadas chegarão a contratar um advogado na vida e das que contratarem, uma boa parte vai procurar seus advogados, precisamente, na sede da comarca. Mas ainda assim você tem potencial.

Existem ainda outras considerações. Pode ser que sua cidade não seja comarca, tenha um núcleo urbano pequeno, mas em virtude de sua área de atuação+sorte+conhecimento+esforço você consiga contratar justamente com os poucos agentes que movem o local, como alguma companhia ou produtor agrícola ou florestal, por exemplo. Aí não precisará se mudar. Ou, como o caso de um colega conhecido do autor destas linhas que precisamente se mudou de uma cidade grande para uma cidade pequena onde, por sua área de atuação e mais algum ingrediente, foi trabalhar para um empreendedor rural que move a economia do lugar.

Certamente há outras opções, outras variáveis a se considerar, mas nossa conversa foi só para iniciar o tema e mostrar que a atuação do advogado pode ser viável fora dos centros maiores.

Um comentário:

  1. Ixi, eu falo de Blumenau/SC, sou advogado aqui a pouco tempo, (nem um ano) e to bem decepcionado com a diretoria antiga aqui da cidade, a ex presidente foi condenada a pagar danos morais para uma empregada da sub-seção no valor de R$30.000,00, quero só ver se a atual direção vai entrar com ação regressiva, ou se nossas anuidade (uma das mais caras do país) que vai pagar isso.

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