Entrevista pode
ou não pode?
O juiz da Vara de Execuções
Penais do Distrito Federal, Bruno André Silva Ribeiro, negou pedido de autorização
de visita do jornal Folha de S. Paulo ao interno Carlos Augusto de
Almeida Ramos, o conhecido Carlinhos Cachoeira. Embora o preso tenha concordado
em dar entrevista, o juiz entendeu que não seria possível, pois a entrevista a
veículos de comunicação seria medida excepcional, a ser deferida apenas em
casos em que o interesse público demandasse. Estranho é que o juiz estranhou a
opção do preso pelo jornal Folha de S.
Paulo, mencionando que nada justificaria a escolha pontual de um veículo de
comunicação. Apesar de o magistrado ter se incomodado com a escolha do jornal,
aproveitou para, em sua decisão, vedar completamente o acesso da imprensa ao
preso. Censura prévia?
Pelo mundo – Mais
um país libera investimento externo na advocacia
Já noticiamos que na Inglaterra,
depois da chamada Tesco Law, qualquer pessoa pode se tornar sócia de um
escritório de advocacia. Foi-se a época em que, para os ingleses, a advocacia
era um sacerdócio no qual seus profissionais deviam ser discretos, correndo a
quilômetros de qualquer prática que pudesse mercantilizar o ofício. Hoje a
advocacia é um negócio como qualquer outro e uma banca pode ter como sócio
qualquer outro negócio, inclusive. Um supermercado pode abrir um escritório de
advocacia. Já imaginou seu pequeno escritório de dois advogados competindo com
um superatacadista?
Pois enquanto a moda não pega por
aqui, vai pegando os vizinhos por lá. A Escócia resolveu permitir às bancas
sociedades com não advogados. Mas parece que os escoceses são um pouco mais
conservadores que os ingleses. Lá, pelo menos o sócio majoritário deverá,
obrigatoriamente, ser um advogado.
Temos advogados
demais?
É comum ouvirmos reclamações de
que nosso mercado está saturado, que temos advogados demais. Não digo que
tenhamos poucos, mas há lugares com muito mais. Os Estados Unidos da América
tem aproximadamente 80% de todos os advogados do planeta. E parecem que estão
muito ocupados. Um gráfico publicado pelo portal elocallawyers, mostra que os
EUA gastam cerca de 2,2% do seu PIB com ações judiciais. Um americano gasta em
processos judicias, em média, duas vezes o valor que gasta para comprar carros.Talvez uma parte dessa litigância seja estimulada pelo fato de lá não existir a condenação nos ônus da sucumbência nos mesmos termos que temos por aqui. Enquanto no Brasil o perdedor deve arcar com as despesas processuais, nos Estados Unidos, independentemente de quem ganhar a causa, cada um assume suas próprias despesas.
Formação
continuada
Os leitores advogados não podem
deixar de conferir, constantemente a programação da Escola Superior da
Advocacia. A ESA se dedica a treinar não apenas os advogados, mas também seus
colaboradores. O destaque vai para o curso de gestão de processos para
secretárias, funcionários e estagiários. Confiram no www.oabpr.org.br.
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